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A crescente demanda mundial por madeira é benéfica ao clima do Planeta

Agosto 03, 2017
Author: Marcelo Schmid

Como suporte ao debate sobre os benefícios ambientais da geração de eletricidade na Europa a partir de pellets de madeira fabricados no sul dos Estados Unidos, a Forest2Market desenvolveu um relatório técnico que mostra que o crescimento da demanda por produtos florestais (por exemplo, madeira, papel, embalagem e pellets de madeira) levou a maior produtividade florestal e aumento significativo da quantidade de estoque florestal e, consequentemente, armazenamento de carbono.

O trabalho foi encomendado pelo Grupo Drax, pela Aliança Nacional de Proprietários Florestais (EUA) e Fundação dos Estados Unidos para Florestas e Comunidades e seu relatório final chamado de “Perspectiva histórica sobre a relação entre a demanda e a Produtividade florestal no sul dos EUA” analisa os dados do Serviço Florestal dos EUA e outras pesquisas científicas para compreender a relação entre mudanças na demanda e oferta de 1953 a 2015.

As conclusões do relatório são pertinentes não somente para os Estados Unidos, mas também para o Brasil, tendo em vista que o país também aumentou significativamente seu estoque florestal nas últimas décadas e elevou o setor florestal ao papel de grande responsabilidade em relação à contribuição para o combate à mudança do clima. Os principais resultados do relatório apontam que:

  • A crescente demanda por produtos florestais aumentou o volume produzido: à medida que a população e o PIB dos EUA cresciam na última metade do século XX, os americanos construíram e mobilizaram casas cada vez maiores e consumiram mais papel e embalagens. As taxas anuais de colheita de madeira quase duplicaram em 1996 e foram 57% maiores em 2015 do que em 1953;
  • A indústria de produtos florestais e os proprietários de terras responderam aumentando a produtividade de suas florestas. Para garantir que suas fábricas tenham uma fonte de abastecimento estável e de alta qualidade, as empresas de produtos florestais investiram fortemente em pesquisas e desenvolvimento para obter florestas mais produtivas, melhorando as práticas de manejo florestal. O resultado foi um aumento de 112% no crescimento anual total de madeira entre 1953 e 2015;
  • O aumento da demanda não esgotou as florestas (afinal, o setor florestal se destaca tanto nos EUA como no Brasil como um setor sustentável). A área ocupada por terras florestais manteve-se praticamente estável, aumentando em cerca de 3%. Ao mesmo tempo, o estoque total aumentou de 142,1 a 296,1 bilhões de pés cúbicos), porque o crescimento superou taxa de colheita;
  • A urbanização (e não o aumento da demanda por produtos florestais) é a maior ameaça para as florestas nos Estados Unidos. Entre 1982 e 2012, o desenvolvimento foi responsável por quase metade (17,7 milhões de acres) de todas as florestas que se converteram para outros usos nos Estados Unidos. Em contraste, apenas 1,2 por cento (0,5 milhões de acres) de terras que se converteram para florestas durante esse período foram desenvolvidos anteriormente.

"Infelizmente, grande parte do discurso sobre o impacto da indústria de produtos florestais nas florestas e no carbono concentrou-se em apenas um lado da história: colhendo árvores", diz Hannah Jefferies, analista e autora principal do relatório. "Isso ignora um dos princípios mais básicos da silvicultura: cultivar árvores".

Segundo Hannah, o relatório mostra que “os proprietários do sul fazem mais do que apenas colher árvores. Como essas árvores têm valor como matéria-prima, os proprietários de terra replantam suas árvores e tomam medidas para maximizar a produtividade de suas florestas”.

O relatório mostra que a demanda por produtos florestais tem sido, e continuará sendo, um fator protetor para as florestas do sul, já que a região enfrenta pressões crescentes da urbanização. A Forest2Market conclui que enquanto houver demanda por produtos florestais, a indústria de produtos florestais e os proprietários que fornecem para a indústria terão interesses na manutenção de florestas produtivas e sustentáveis, como foi claramente o caso nas últimas seis décadas.

Interessante destacar que embora o relatório tenha sido desenvolvido para a região Sul dos Estados Unidos – região tradicionalmente voltada à atividade florestal – suas conclusões podem ser aplicáveis à realidade brasileira, com algumas diferenciações:

  • O Brasil também teve nos últimos 60 anos uma evolução expressiva de sua produção florestal, porém, tal evolução foi marcada por dois grandes fatores, o aumento da área plantada e a evolução da produtividade florestal. Há 60 anos o setor florestal de produção praticamente inexistia. Estima-se que na década de 1950, havia cerca de XXXX mil hectares de florestas plantadas no país. Paralelamente a produtividade florestal brasileira evolui em grandes passos. Em 1980 a produtividade média das florestas brasileiras era de 19 m3/ha/ano para o pinus e 24 m3/ha/ano para eucalipto. Hoje as florestas plantadas com pinus produzem em média 39 m3/ha/ano e com eucalipto 45 m3/ha/ano;
  • A Forest2Market do Brasil estima que produtividade brasileira anual sustentável atual é superior a 270 milhões de m3. Em 1990 essa produtividade era menor que a metade (cerca de 120 milhões de m3);
  • Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas no Brasil as florestas plantadas mantém um estoque de aproximadamente 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e). Além disso, o setor gera e mantém reservas de carbono da ordem de 2,48 bilhões de toneladas de CO2e em 5,6 milhões de hectares na forma de Reserva Legal (RL), Áreas de Proteção Permanente (APP) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). A de se destacar que a legislação ambiental brasileira é muito mais severa que a norte-americana em relação à conservação de florestas nativas;
  • A conclusão do estudo que aponta que a demanda crescente por produtos de base florestal é benéfica à manutenção da floresta (e do estoque de carbono a ela associado) é absolutamente verdadeira no Brasil. À medida que o mercado mundial demanda mais madeira, a produção se desenvolve e se intensifica em áreas legalmente destinadas ao plantio, reduzindo a pressão existente sobre desmatamento de florestas nativas. A figura 01 apresenta a comparação da produção de toras de florestas nativas e plantadas no Brasil entre 1990 e 2015, enquanto que a figura 02 apresenta a comparação da produção de lenha de florestas nativas e plantadas no mesmo período. É nítido nos dois casos que o desenvolvimento das florestas plantadas reduziu a exploração (e pressão) sobre as florestas nativas.
     

Figura 01. Evolução da produção de toras oriundas de florestas nativas e plantadas no Brasil entre 1990 e 2015 (m3 x 100.000) 

Marcelo_1.png

Fonte: IBGE e Forest2Market do Brasil

 

Figura 02. Evolução da produção de lenha de florestas nativas e plantadas no Brasil entre 1990 e 2015 (m3 x 100.000)

Marcelo_2.png

Fonte: IBGE e Forest2Market do Brasil 

 

Os dados dos gráficos acima confirmam que a conclusão do estudo nos EUA é idêntica no Brasil: a demanda mundial por madeira e a indústria de base florestal brasileira não são os drivers do desmatamento, o qual pode ser explicado por outras razões como o desenvolvimento urbano nos EUA e como o desenvolvimento agrícola e urbano, no Brasil.

O relatório, encomendado pelo Grupo Drax, pela Aliança Nacional de Proprietários Florestais (EUA) e Fundação dos Estados Unidos para Florestas e Comunidades, está disponível no site da Forest2Market (www.forest2market.com) em três versões: Relance (07 páginas), Sumário Executivo (26 páginas) e relatório completo (104 páginas).

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