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As vantagens do melhoramento genético para plantios de pinus e eucalipto

Outubro 17, 2018
Author: Jay Engle

Jay Engle, da Forest2Market, e Rafael De La Torre, da ArborGen, se uniram para produzir o conteúdo deste post com uma única pergunta em mente: melhorias genéticas modernas resultam em colheitas mais lucrativas e madeiras mais valiosas? E, em caso positivo, a base de dados de preços de transação de madeira da Forest2Market pode provar isso? Para este projeto, os dados da ArborGen de crescimento de plantios clonais de eucalipto no Brasil foram utilizados, bem como dados de preços entregues da Forest2Market no Brasil.


Pode parecer contra intuitivo, mas todos os clones não são iguais. Por um lado, a definição de um clone é que cada indivíduo é geneticamente idêntico. Por outro lado, basta olhar para uma espécie específica para entender que todas as árvores não são geneticamente semelhantes. O Pinus taeda, por exemplo, que tem uma grande extensão de habitat natural cobrindo grande parte do sul dos EUA - estendendo-se do Texas através das planícies costeiras do Golfo e do Atlântico e do Piemonte até New Jersey.

Como é possível imaginar, com dispersão geográfica tão ampla a genética do Pinus taeda exibe uma grande variação decorrente de todas as condições ambientais associadas, ou seja, aquilo que nós conhecemos como fenótipo. Uma árvore pode ser alta e reta, e outra pode ser bifurcada. A genética e os clones de um podem diferir significativamente da genética e dos clones de outro. Atualmente, essa variação genética está sendo usada por produtores florestais para trazer mais vantagem para seu negócio.

Perspectiva histórica

Nos últimos 50 anos, a pesquisa mostrou que o crescimento e a produção de povoamentos naturais poderiam ser significativamente melhorados através do manejo de plantações. Para fazer isso, as sementes tiveram que ser coletadas e semeadas em viveiros para produzir mudas para o plantio e, nesse processo, descobriu-se a importância da genética das sementes. Os dois fatores importantes na identificação de fontes de sementes foram: 1) obter sementes da localização geográfica favorável (a procedência de uma semente) e 2) identificar e preservar as características individuais da árvore.

No início deste processo, as características genéticas de árvores específicas eram desconhecidas e, assim, as sementes foram coletadas de árvores individuais que tinham aparência favorável. As árvores que eram maiores, mais retas e que tinham galhos menores do que a maioria da população foram selecionadas, mas tudo o que realmente poderia ser dito sobre essas árvores era que elas “pareciam melhores” do que outras. Essas características externas são definidas como características fenotípicas da árvore, e esse processo marcou o início do uso da variação genética como vantagem, o que abriu as portas para esforços significativos de pesquisa na genética de árvores selecionadas.

Os programas de melhoramento genético de árvores foram a próxima fase na promoção do uso da variação genética, expandindo a seleção de árvores e número de testes replicados. O objetivo desses programas era identificar as árvores com propriedades genéticas verdadeiramente superiores que foram consistentemente repassadas para a próxima geração, bem como as zonas geográficas ideais nas quais elas tiveram um bom desempenho. Os programas de melhoramento foram muito eficazes e levaram ao estabelecimento de pomares de sementes que produzem mudas de alta qualidade para plantações.

Enquanto esses programas iniciais de melhoramento de árvores avançaram usando a variação genética para beneficiar o manejo de plantações, eles continuaram bem além daqueles pomares de 1ª geração; os programas hoje estão no 4º ciclo de testes. As técnicas e os métodos mudaram significativamente ao longo do tempo. Nos programas iniciais de melhoramento somente as sementes usadas nos testes genéticos eram produzidas pela polinização controlada, com as flores femininas sendo colocadas em tubos plásticos transparentes para manter isolada do pólen livre, e os pesquisadores só permitiam que a polinização fosse o resultado do pólen injetado de uma árvore selecionada no programa. Hoje, a polinização controlada em massa (MCP®) é usada como um método para prevenir a contaminação do pólen e produzir sementes de parentesco genético conhecido.

A próxima geração

A história do manejo das plantações de Pinus é um exemplo excelente e bem conhecido de onde o melhoramento genético tem sido usado para beneficiar as mudas de árvores. A melhoria no crescimento e rendimento, resistência a doenças e propriedades da madeira tem sido significativa. De acordo com um estudo da Forest2Market, Perspectiva Histórica da Relação entre Demanda e Produtividade Florestal no Sul dos EUA, as mudas estabelecidas na década de 2000 têm um aumento de quatro vezes no crescimento em comparação com as mudas estabelecidas na década de 1950. A melhoria genética desempenhou um papel importante nesse aumento e no sucesso da indústria de produtos florestais na região.

Atualmente, o trabalho está sendo feito com a propagação clonal de pinus e eucalipto, embora a pesquisa de eucaliptos seja mais avançada. A ArborGen, especializada em genética avançada de árvores, preparou uma apresentação em agosto de 2017 intitulada “O Impacto da Melhoria Genética na Cadeia de Valor Florestal - Plantações de Eucaliptos Clonais no Brasil”. Esta apresentação esclareceu o fato que o uso do material clonal apropriado em uma plantação pode ter ganhos significativos para o proprietário e o uso final.

A apresentação usou três clones de eucalipto para fornecer exemplos de como as diferenças genéticas podem afetar o desempenho com base no resultado desejado. A tabela a seguir é um resumo de alguns parâmetros para os três clones. O clone 1 é, na verdade, o clone de controle da ArborGen usado em seus testes, enquanto os outros dois clones foramselecionados por sua adequação a determinados processos de produção.

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Embora todos os clones tenham características de crescimento muito boas (Incremento Médio Anual ou IMA), diferenças claras podem ser encontradas no crescimento e densidade (densidade específica). Os clones 2 e 3 são claramente superiores ao controle (clone 1), com o clone 3 mantendo a vantagem no crescimento e o clone 2 com maior densidade.

Dependendo da finalidade para qual esses clones serão usados, essas diferenças podem apresentar uma vantagem. Para a produção de celulose e papel, o clone 2 seria superior, enquanto o clone 3 é vantajoso para a produção de energia. O rendimento de celulose para o clone 2 é cerca de um terço maior do que o controle e requer 16% menos de madeira por tonelada de celulose produzida. O clone 3 tem cerca de 25% de vantagem sobre o controle para produção de energia.

Uma forma de avaliar o valor dessas vantagens é considerar o clone 1 como base atual para o preço da celulose de eucalipto e aplicar as vantagens dos clones 2 e 3 ao preço de entrega de eucalipto para celulose publicado pela Forest2Market do Brasil em maio de 2018:  R$ 102,65/ton. Fazendo isso, os clones teriam um valor na faixa de R$ 128,31 - 133,44/t.

As vantagens de poder escolher a genética de mudas para atender às exigências de produção são claras. Para o produtor florestal, a rentabilidade pode ser melhorada pelo uso de clones com maior capacidade de crescimento, o que também pode levar a custos de estabelecimento mais baixos. As fábricas de papel e celulose ganhariam tendo que colher menos área devido às maiores taxas de crescimento, e o rendimento da fábrica de celulose melhoraria a partir da maior densidade. Da mesma forma os produtores de energia também ganhariam sendo capazes de colher menos área e reter um melhor conteúdo calórico do material colhido. A análise mais detalhada usada na apresentação da ArborGen resumiu os ganhos da seguinte maneira:

  • Produtor florestal: 390% + aumento na lucratividade (Valor Presente Líquido - US$ 428/ha para US$ 1.240/ha) e uma redução de 40% nos custos gerenciando uma segunda rotação por condução de rebrota.
  • Fábrica de celulose: Redução de 16% nos custos da fibra de madeira por m³.
  • Produtores de energia: redução de 19% no custo da biomassa por quilowatt-hora.

Embora seja fácil supor que o clone 1 seja inferior aos outros clones, esse não é necessariamente o caso geral. O clone 1 pode ter características de madeira superiores a partir de um aspecto de madeira maciça, por exemplo. A seleção e a implantação clonal são altamente dependentes do uso final da matéria-prima da madeira e da preferência do produtor e/ou da indústria.

Observa-se, por fim, que os altos níveis de ganhos potenciais levam a concluir que vale a pena fazer uso do melhoramento genético de árvores - seja de programas tradicionais de melhoramento ou de desenvolvimento clonal - para maximizar o desempenho dos programas florestais.

 

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